Girando de braços abertos, voltada para o céu, com os olhos fechados e um sorriso largo estampado no rosto, abri minha mente, esvaziei os pensamentos e deixei com que a água da chuva me lavasse a alma.
~Fatos simples que acarretaram a felicidade instantânea.
Posted by: Codinome Beija-Flor, 0 Comentários~E pês? - A Primeira Parte.
Posted by: Codinome Beija-Flor, 2 ComentáriosA névoa densa no ar era apenas uma projeção de seus pensamentos distantes naquela tarde quente de verão. Talvez fossem alucinações devido ao calor insuportável que fazia dentro daquela casinha de madeira lá no alto da Montanha Vermelha. A Montanha Vermelha era um vale imenso, que nem sequer era vermelho. Ela ia para lá para pensar ou colocar ordem nos pensamentos, sempre sentada numa cadeira antiga de balanço, que ficava no meio de uma sala vazia, empoeirada e escura, exceto por um feixe de luz vindo da telha quebrada logo acima de sua cabeça. Ela banhava-se naquela luz, deixando fluir suas ideias. Mas o verão havia mudado, era muito quente de uns tempos para cá. Como já havia previsto que um dia acontecesse algo nesse nível, há alguns anos atrás havia plantado três Ipês Amarelos, escolhidos a dedo e já em fase de crescimento um tanto avançado, logo abaixo de onde a pequena casinha ficava, para que pudessem fazer sombra no alto da Montanha.
~Simples assim.
Posted by: Codinome Beija-Flor, 0 Comentários~Os três coelhos brancos (para quem não leu)
Posted by: Codinome Beija-Flor, 2 ComentáriosOs três coelhos saltitantes, felizes e fofinhos deixaram-me lá na mesa de chá e saíram por aí a matar. Seus disfarces eram perfeitos, enganavam todas aquelas criancinhas tontas e bestas. Suas tocas eram grandes e espaçosas, para que coubessem até mesmo as crianças mais gorduchas. Prometiam doces à elas para convencê-las a irem com eles. Crianças trouxas.
Os coelhos viviam uma vida pacata de crimes bárbaros. E agora, eu sabia de tudo.
Sentada sozinha naquela mesa de chá, resolvi investigar a toca dos coelhos mais detalhadamente. Levantei e olhei em volta, eu estava numa sala completamente branca, das paredes ao chão, exceto por uma gravura na parede, a qual não consegui identificar de longe. Me aproximei e li as palavras "Mãe, eu não acredito mais nos coelhos" escritas em giz de cera laranja. Parecia a letra de uma criança, e deveria ser. Contudo, eu não entendi o significado das palavras. Li e reli, e acabei desistindo, fui explorar o restante da toca. Achei a porta para sair da sala, a qual só se podia ver a maçaneta lilás. O outro lado da porta era extremamente diferente do de dentro. Eu realmente me apavorei e comecei a suspeitar dos coelhos naquele exato momento. A porta era horrível, que coelhos de péssimo gosto. Quem é que pinta a porta de rosa-choque e a cobre de coraçõeszinhos amarelos? Ainda com aquela plaquinha ridícula "Sala das reuniões carinhosas" e uma lista dos próximos assuntos a serem debatidos: "O Papai Noel é melhor do que nós?", "Planos para vencer o Noel", "Como lidar com a popularidade do bom velhinho", "Coelho x Noel, 3ª Guerra Mundial?" e "Roupas vermelhas fazem maior sucesso?". Minha indignação foi interrompida pelo som da porta da frente se abrindo, e sem pensar voltei correndo e me sentei novamente na mesa, assobiando para disfarçar.
Os três coelhos abriram a porta com olhar desconfiado e andando sobre apenas duas patas. O coelho maior e mais gordo tinha um olhar 43 do mal e me encarava seriamente. Naquele momento eu pude ouvir uma criança falando algo, não dava pra saber o que exatamente, contudo não percebi medo em sua voz fina. Foi uma cena estranha e engraçada, eu sempre vejo humor onde não há. Os três coelhos estavam parados de frente para mim, me olhando nos olhos. Ouço um deles falar para o outro "Ela saiu da sala. Ela viu". Continuei a assobiar, tentando disfarçar o medo em meus olhos, porém isso era difícil. De repente os coelhos formam um círculo e começar a cochichar, eu não ouço nada. O coelho mais magro sai da sala e só ficam o coelho de tapa-olho e o gorducho, que sentam-se à mesa junto a mim. "Nós sabemos que você sabe do nosso segredo." "Como assim, eu não sei de nada, eu juro, eu não sei!", mas eles sabiam que eu sabia, mesmo que eu não soubesse que eu sabia o que eles pensavam que eu sabia. Nesse momento, volta o coelho magricela, acompanhado de um menino gordinho, todo babado e sorrindo debilmente com os dentes cheios de chocolate. O coelho de tapa-olho indaga com sua voz rouca "Mande ele falar" e o coelho magricela cutuca a barriga do menino que diz "Eu amo chocolate, eu gosto mais da Páscoa, eu não gosto de Natal, eu odeio o Papai Noel e vou matá-lo". O coelho do tapa-olho dá um meio sorriso e manda o magrelo levar o menino. "Pronto, viu só" e voltou a sorrir. Não entendi nada. Mas perguntei um tanto espantada "Como assim, vocês não matam as crianças?" "Claro que não, menina tola, só escravizamos elas e as fazemos odiar aquele velho gorducho de vermelho". Suspirei aliviada, pedi para sair, mas antes eles me convidaram para tomar mais uma última xícara de chá, enquanto discutíamos a popularidade do Noel relacionada com a política na Europa no século XIX.
~Coincidentemente.
Posted by: Codinome Beija-Flor, 0 Comentários~Pequeno esclarecimento.
Posted by: Codinome Beija-Flor, 2 ComentáriosTá, eu não consigo criar uma personagem sem que tenha algo a ver comigo. Não consigo escrever sem que coloque algum acontecimento recente meu. Eu tentei, mas sei lá, ando tão sem ideias, que qualquer coisa legal que acontece pode virar uma história mirabolante. E isso não é legal? Bah, eu acho muito legal, posso criar qualquer coisa, posso viver qualquer coisa usando as palavras para isso. Posso misturar realidade com ficção. Posso imaginar! Portanto, é, talvez as personagens que crio carreguem um pouco de mim -ou até muito em alguns casos.
No segundo post desse blog, eu disse que a personagem não teria nada a ver comigo. E eu não sei mentir.
Até mais.
~Entorpecência musical.
Posted by: Codinome Beija-Flor, 0 ComentáriosEra vermelha, toda vermelha, com alguns detalhes pequenos em branco.
Suas cordas eram brilhantes, como nunca ela tinha visto. Parecia que a havia chamado, para tocá-la com seus dedos finos e fazer transbordar o som um tanto violento. Ela amava rock'n roll. Seus olhos brilhavam a cada nota que ela executava na guitarra. A cada toque nas cordas de aço, que ao mesmo tempo eram tão macias. O som era tão entorpecente, brotando desde sua cabeça, até passar por seus dedos que faziam as notas quando posicionados sob as cordas.
Ficava em frente à praça central da cidade em que morava, e era uma linda loja, desde à fachada em azul e preto com uma laranja pela metade como slogan, até -e principalmente- às guitarras de diversas cores e tamanhos.
Após uma tarde extraordinária, deixando-se levar pelo som da guitarra, apaixonou-se.
E depois disso, retornou todas as tardes naquela loja de guitarras.
~Em um codinome Beija-Flor ♪
Posted by: Codinome Beija-Flor, 0 Comentários![]() |
A sincronicidade unifica o que é distante. |
Veja bem, crio um novo Blog, e ao contrário do que eu pensava, não consigo pensar em algo digamos assim, interessante, que possa ser contado.
Então eu criei uma personagem, a qual será ativa e participante de alguns pequenos contos
Tenho algumas pequenas ideias, mas assim que eu conseguir imaginar todos os detalhes necessárias, escreverei aqui.
Tchau,
até um dia qualquer.
~Essa metamorfose ambulante.
Posted by: Codinome Beija-Flor, 0 ComentáriosTá, té mais.