Suponhamos que eu jogue uma pedra num rio, e essa pedra assuste um peixe que estava saindo. Quanto à ordem natural e ao que chamamos destino, estaria participando ou estaria interferindo? -Forfun.
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Acho que eu morri.

Andava eu entristecida,
Sofrida, de mal com a vida.
Andava ele sozinho,
Sentia-se fora do ninho.
Andávamos nós dois.
Andávamos.



Olhei nos olhos dele,
profundos, cor de mel.
Ele me olha de volta,
E diz:
Sou seu.

De amor.


Um começo.

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Era uma tarde ensolarada de primavera, o canto dos pássaros ao longe e uma brisa fresca pairando no ar. Ela estava com as mãos sujas de terra, plantando algumas novas flores no jardim da frente, quando percebeu o novo vizinho da casa ao lado. Acabara de chegar de mudança, estava descarregando suas coisas de um caminhão não muito grande. Ele se vestia bem, mesmo usando um All Star detonado, usava um perfume agradável que podia se sentir mesmo à distância. Tinha olhos nem tão escuros e uma tatuagem na perna que Ela não pôde identificar de longe. Ele estava carregando umas caixas grandes, que chamaram a atenção dela de imediato, fazendo com que sua curiosidade a fizesse chegar bem perto da cerca e espiar pelas frestas.
Totalmente distraída, acabou pisando num buraco que ali havia e soltou um pequeno grito, alto o suficiente para que Ele pudesse escutar e corresse em sua direção, ainda com uma caixa na mão " ta bem?", ela sorriu apenas "To sim, só... caí". Ele largou a caixa rapidamente e estendeu a mão à Ela, por cima da cerca "Meu nome é Jack, Jack Sparrow" Ela riu, "Bom, me chamo Lara Croft, mas meus amigos me chamam de Lola... E, como seus amigos o chamam, Capitão Jack?" "Exatamente assim, minha Cara" e os dois riram juntos por um longo tempo.
Lola aproveitou a deixa convidou o novo vizinho para um jantar de boas vindas, assim que terminasse de descarregar suas coisas para a casa nova. Ela correu imediatamente para dentro de casa, olhou em volta a bagunça de dias e começou a organizar tudo rapidamente. Tomou um banho, vestiu roupa de domingo, usou um perfume que ganhara de presente mas nunca usara, colocou um par de brincos de sua falecida mãe e se sentou no sofá em frente à porta, aguardando a chegada do Capitão Jack.


Just Love.

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Eles se viam praticamente todos os dias, não por obrigação ou, insistência de algum deles. Mas por necessidade, parecia uma eternidade o tempo que passavam distantes. É claro que só eles que pensavam assim, pois quem estava de fora achava que era desnecessário que ficassem tanto tempo juntos. Isso porque não compreendiam. Ela precisava ouvir sua voz todos os dias, abraçá-lo fortemente sempre, beijá-lo, olhar nos olhos dele. Podiam parecer coisas simples, mas para ela, tais acontecimentos mudavam seu dia e seu humor. Era inevitável não pensar nele.

Ele só pensava nela, diversas vezes teve vontade de ir até sua casa, não importando a hora que fosse, para roubar-lhe um beijo. Ele fazia planos de lugares para visitar, coisas para fazerem juntos e tudo mais. Acordava pensando nela e dormia sorrindo depois de tê-la visto. Ela estava presente nos seus sonhos, assim como ele estava nos dela. Ele a amava. Ela o amava.
O próximo plano deles era tomar banho de chuva, agora, no inverno mesmo.


~Simples assim.

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"Porque o sol brilha sempre, mesmo que por trás das nuvens. Porque a lua é linda mesmo quando não está cheia. Porque o céu cinza é sinal de que vem chuva, e chuva é bom. Porque sempre tem estrelas brilhando no céu, mesmo que elas não existam mais. Porque eu adoro sorrir, e meu sorriso tem cor, mesmo às vezes amarelo. Porque eu sinto no ar o cheiro de algodão doce quando eu acordo, quando tenho sonhos bons. Porque eu vou e venho quantas vezes quiser, e sentir o vento no rosto é bom, muito bom. Porque é sempre simples assim. E quem complica é você. Eu? Sou feliz."

'
Autor desconhecido.


~Sem mentiras. Apenas amor.

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~Felicidade Instantânea.

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"Estranho seria se eu não tivesse me apaixonado por você."
Ela estava fascinada com tudo que estava acontecendo. Ele tornava seus dias tão melhores, tão mais bonitos. Ele a fazia se sentir bem, mais feliz, mais segura de si mesma. Ele falava com ela todos os dias, caminhava de mãos dadas, lhe fazia carinho. Ele lhe dizia palavras doces, reconfortantes, bonitas. Ele a beijava apaixonadamente, olhava fundo nos seus olhos, como quem sempre vai estar ali. Ele sorri com ela, ele a faz sorrir, ele gosta muito dela. Faz questão de repetir.
Ela estava completamente apaixonada, só pensava nele e ele nela. Ambos estavam tão felizes juntos! Eles passam tardes incríveis, eles tomam café, eles brincam. Eles falam de livros, filmes, música. Ele a elogia, a abraça, a proteje. A simplicidade dos fatos que acontecem entre os dois, torna tudo mais belo e profundo. Ela gosta de tudo nele. Eles estavam muito felizes.
E vão continuar estando.Eu adoro tu. Demais.
Mesmo mesmo.



Desejos.

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Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade.


~Be happy.

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Tudo depende de pequenos detalhes, pequenos acontecimentos que despertam algo dentro da gente, que não é possível se explicar em palavras.
E na maioria das vezes, tudo pode depender de uma pessoa, uma única pessoa. Que pelo simples fato de aparecer na sua vida no momento certo, torna tudo concreto. Tudo tão mágico e ainda assim, totalmente real.


Ela o conhecera não fazia assim tanto tempo, mas algo nele a fazia se sentir bem. Trocavam mensagens, ligações. Um dia eles se encontraram, em uma cafeteria não muito grande, onde tomaram café quente. Conversaram durante uma tarde inteira, e sucessivamente, pelo celular assim que ela chegara em casa. Ele era tão encantador! Seria tudo realidade? Se falavam todos os dias, toda hora.
Se encontraram então no parque da cidade, com mais alguns amigos.
Trocaram risadas, histórias e olhares. Ela sabia o que queria. Estava enxergando as coisas de uma forma diferente e mais bonita.
Então, depois de ambos se telefonarem e passarem horas conversando, ele a convidou para ir tocar violão no terraço do prédio em que morava sua tia.
Tocaram, cantaram, riram. Cada segundo tornou-se mágico para ela. Ele lhe entrega um presente confeccionado por ele mesmo, tão bonito. Seus olhos brilharam.
O sol batendo no rosto dela, iluminando seus olhos claros, o momento perfeito. O beijo parecera durar horas, o mundo girando ao redor, seus corações batendo juntos.
Permaneceram abraçados por um longo momento, ambos sorrindo, o silêncio quebrado pelas palavras dele "Era tudo que eu queria" ela concorda sorrindo de olhos fechados, e quando percebe, apaixonou-se.


~Adeus.

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Suas vestes eram em tons leves rosados, a doce voz oferecendo-lhe uma xícara de café. Ele sorri brevemente, a olha nos olhos, os olhos de ambos brilhando. "Quem momento mágico", ele chegou a pensar consigo. Ela era tão linda, e ele sentia que o amor estava entre os dois. Bebeu todo o café em poucos goles, e deu um sorriso à ela, agradecendo pela bebida quente e reconfortante. Neste momento, ela já estava a sorrir, e em poucos segundos, a rir loucamente. Gargalhadas de certa forma, malignas.
Ele cai duro no chão, o coração pulsante parou na hora.
Ela dá uma última olhada para ele, dá um beijo em sua testa fria, tira as luvas brancas e as queima na lareira acesa. Depois disso, sem sequer olhar para trás novamente, sai pela porta da frente com um sorriso de alívio no rosto.


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~Entre tintas e livros. -Terceira parte.

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Meses já haviam se passado desde que ele vendera seu primeiro quadro àquela mulher misteriosa. Contudo, apesar do tempo, ele nunca esquecera dela. Julián tinha ótima memória, infelizmente, pois a vontade de ver aquela estranha novamente, nem que fosse apenas para olhá-la nos olhos, lhe corroía por dentro. Em baixo da banquinha de livros, ele guardava empacotado em papel pardo e para presente, o quadro que pintara na noite do dia em que vira a a mulher, e aguardava que um dia ela aparecesse novamente, para que ele a presenteasse com o tal quadro. Mas apenas a vontade enorme de encontrá-la novamente, não fez com que ela retornasse àquela praça.

Fazia sol, pássaros cantavam naquela tarde de outono. Julián cantarolava uma de suas músicas favoritas, quando avistou ao longe ela, aquela moça, vestida de azul, cor que realçava ainda mais seus olhos penetrantes. Ele a reconheceu de imediato, e antes que percebesse, um sorriso apareceu em seu rosto. Saiu de trás da banquinha e foi indo ao encontro dela, sem nem mesmo olhar onde pisava, apenas utilizando as mãos para se localizar. Encontrou seus olhos, azuis, e logo avistou o sorriso que ele se lembrava perfeitamente. Ela sorria sem jeito, parecia envergonhada, ou sem ter certeza de que podia estar ali, muito menos conseguia acreditar que o pintor, de quem comprara seu quadro preferido, ainda estaria vendendo seus livros usados naquela mesma praça, tanto tempo depois.


Coincidentemente.

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Posted by: Codinome Beija-Flor, 3 Comentários

Músicas, músicas, músicas!
Tudo começou com elas, e um pequeno engano, devido à fatos que não foram esclarecidos devidamente.
E eles, totais desconhecidos, foram vítimas desse acaso. E não foi ruim. Desde o primeiro momento, trocaram músicas, filmes, histórias. Trocaram palavras, risadas, momentos. E como tinham coisas pra contar!
É quase inacreditável, que por culpa do acaso, da coincidência e desse pequeno engano, eles tenham se dado tão bem.
Hoje são grandes amigos, os dois.


~Um tempo do mundo.

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Às vezes me dá vontade de me desligar do mundo, por alguns minutos ou poucas horas. Não bebo, não fumo, não cheiro. Há somente duas drogas das quais sou usuária, admito: a música e as palavras. E se isso for um vício, podem me internar, pois aprecio muito os momentos em que só existem uma caneta, um caderno em branco, música nos fones de ouvido, e eu.


~Entre tintas e livros. - Segunda parte.

0
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Ele ficara nas nuvens, pensando o tempo todo naquela mulher misteriosa, que comprara um quadro dele que ninguém parava nem sequer para olhar. Julián guardou as coisas de sua banca, vendera alguns poucos livros naquele dia, e voltou para sua casa, na verdade, um pequeno apartamento no centro da cidade. Morava ali por ser perto de tudo, além de não ter conseguido algo melhor por tal preço. Assim que ele fechou a porta por dentro, limitou-se a ligar o rádio e se atirar no sofá, extremamente cansado, mas sorrindo sem motivo e lembrando de cada pequeno detalhe do rosto dela, da doce voz que ela tinha, de cada palavra que ela lhe dissera e os imaginando, aos noventa e tantos anos, andando em uma bicicleta de dois lugares ao entardecer. Antes que ele conseguisse adormecer, sentiu-se inspirado, levantou-se em um só pulo e foi em busca de pincéis e tintas e uma tela em branco. Nem se lembra em que momento caiu no sono em meio às tintas.


~Entre tintas e livros. - Primeira parte.

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Posted by: Codinome Beija-Flor, 2 Comentários

Ele era pintor. Um péssimo pintor, daqueles que nunca conseguia vender suas obras e que ninguém compreendia sua arte, por mais que tentasse. Aliás, muitas vezes nem mesmo Julián, o próprio pintor, entendia o significado do que pintava.
Ele tinha uma banquinha de livros usados, que ficava quase todos os dias na praça principal da pequena cidade. Lá, aproveitava para expor seus quadros, mesmo que ninguém os comprasse.
Em um dia como qualquer outro, surge uma mulher que ele nunca havia visto ali na praça da cidade. Ele acompanha sua silhueta vinda desde longe, até chegar tão perto que pôde ver seus penetrantes olhos azuis. Ela vestia um vestido florido, aparentemente feito à mão, calçava simples sandálias e tinha as unhas pintadas de vermelho. Seu cabelo era comprido e castanho e reluzia ao sol. O coração de Julián queria saltar para fora do peito, ou assim parecia. Então, quando de repente ele saiu do transe, ela estava em sua frente, estalando os dedos "Ei, dormiu?" dizia sorrindo, mostrando um sorriso branco que ele nunca vira antes. Ele não responde e ela continua "Quadros interessantes, os seus. Você os está vendendo? Por que eu queria saber o preço daquele ali da ponta.", apontando com seus dedos longos e finos. Ele sacode a cabeça sem nem acreditar e diz um preço qualquer à moça, que sorri e anuncia que vai comprá-lo. "Sabe, você podia cobrar mais caro por suas obras, o preço que você pede não cobre nem o material usado, sabe." Ele concorda com a cabeça, "Meu nome é Julián" e estende a mão involuntariamente "Muito prazer, Julián, mas agora já tenho que ir, estou com pressa", ela paga o quadro e sai, o carregando debaixo do braço "Ei, não posso saber seu nome?", ela apenas abre o sorriso branco e vai sumindo entre as pessoas.


Eu odeio isso.

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Posted by: Codinome Beija-Flor, 2 Comentários

Muitas vezes nos enganamos quanto às pessoas, somos enganados ou a verdade é omitida. Odeio isso. As coisas não são esclarecidas e tudo é incompreensível. Odeio isso. As pessoas nos escondem as coisas, pensam que nos enganam. Odeio isso. Nos deixam por fora da situação, completamente sem rumo ou ideia do que esteja se passando. Odeio isso. E então, quando pensamos que as coisas vão começar a dar certo, vem aquela pomba e defeca em você. Tudo dá errado, você já não compreende mais nada. O que acontece então? As pessoas resolvem ficar de mal, mesmo que você não saiba o motivo. E então, você acaba perguntando a todos a sua volta se sabem o que aconteceu, o porquê de tudo isso. Essas pessoas não sabem ao certo, então contam suas versões imperfeitas e tudo se mistura, entre o que aconteceu e o que as pessoas acham que aconteceu. A verdade é distorcida. E agora, quem pode provar realmente o que aconteceu? Odeio isso.