Suponhamos que eu jogue uma pedra num rio, e essa pedra assuste um peixe que estava saindo. Quanto à ordem natural e ao que chamamos destino, estaria participando ou estaria interferindo? -Forfun.

~Entre tintas e livros. -Terceira parte.

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Posted by: Codinome Beija-Flor, 5 Comentários

Meses já haviam se passado desde que ele vendera seu primeiro quadro àquela mulher misteriosa. Contudo, apesar do tempo, ele nunca esquecera dela. Julián tinha ótima memória, infelizmente, pois a vontade de ver aquela estranha novamente, nem que fosse apenas para olhá-la nos olhos, lhe corroía por dentro. Em baixo da banquinha de livros, ele guardava empacotado em papel pardo e para presente, o quadro que pintara na noite do dia em que vira a a mulher, e aguardava que um dia ela aparecesse novamente, para que ele a presenteasse com o tal quadro. Mas apenas a vontade enorme de encontrá-la novamente, não fez com que ela retornasse àquela praça.

Fazia sol, pássaros cantavam naquela tarde de outono. Julián cantarolava uma de suas músicas favoritas, quando avistou ao longe ela, aquela moça, vestida de azul, cor que realçava ainda mais seus olhos penetrantes. Ele a reconheceu de imediato, e antes que percebesse, um sorriso apareceu em seu rosto. Saiu de trás da banquinha e foi indo ao encontro dela, sem nem mesmo olhar onde pisava, apenas utilizando as mãos para se localizar. Encontrou seus olhos, azuis, e logo avistou o sorriso que ele se lembrava perfeitamente. Ela sorria sem jeito, parecia envergonhada, ou sem ter certeza de que podia estar ali, muito menos conseguia acreditar que o pintor, de quem comprara seu quadro preferido, ainda estaria vendendo seus livros usados naquela mesma praça, tanto tempo depois.


Coincidentemente.

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Posted by: Codinome Beija-Flor, 3 Comentários

Músicas, músicas, músicas!
Tudo começou com elas, e um pequeno engano, devido à fatos que não foram esclarecidos devidamente.
E eles, totais desconhecidos, foram vítimas desse acaso. E não foi ruim. Desde o primeiro momento, trocaram músicas, filmes, histórias. Trocaram palavras, risadas, momentos. E como tinham coisas pra contar!
É quase inacreditável, que por culpa do acaso, da coincidência e desse pequeno engano, eles tenham se dado tão bem.
Hoje são grandes amigos, os dois.